segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

poemas cracudos (parte III)

perdão, se nesta noite
não me entregarei!

cê sabe que, por você, eu fumaria
crack no copinho de
guaravita

por você, eu esqueceria
a previsibilidade da rima
o expectorante da tua tuberculose
e beijaria tua boca doente
de língua

na quebrada dus manu
eu fui toda quebrada
purque diferente da puta de alencar
deveras, puta eu era, fui e sou

chupava eu o zizerrudo cafuçú
de repente, é cano, é pau, é pedra
–  é o fim do caminho! gritaru os manu

enquanto isso, eu sorria
entrano na porrada
entretanto
exilada na (calada!)
do momento
calada!
vadia!
sangrando toda
absolutamente incompleta
sem uns dente aqui, umas costela aculá...

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