sexta-feira, 16 de abril de 2010

foi-se

ex-um-ar
um amor
que um dia foi ar
que um dia foi fôlego
(sopro último):
e foi-se.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

chuva


é que chove sempre por aqui. e eu vivo aguardando, esperando vivo pela colheita em cultivo. a chuva que é feita no presente é a mesma sempre? é a mesma em assunção, curitiba, londres? tanto faz. e pensar que a sensação de banhar-se, adentrando nela, na chuva - já estiou há muito. mas chove sempre por aqui. relampejou bastante no finzinho daquela tarde, lembra? chuva que é chuva começa ralinha, ninguém dá nada por ela - depois vira tempestade e trovão, pois nunca se espera muita da chuva. é visita materializada na porta da frente quando se está prestes a sair: surpresa. e de repente chuveu sem guarda-chuva. soube de alguém que chuvia toda vez que lhe gritavam. chuvia cântaros, e logo em seguida seguia correndo em enxurrada. foi-se. chuva é realmente um perigo. e eu vivo aguardando, esperando vivo, enquanto a foice recolhe a colheita que em cultivo crescia.